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Como proteger meu períneo?

Renata Dias Gomes

 

Um dos maiores medos das mulheres que passarão pelo parto normal é o estado que ficará seu períneo depois da passagem do bebê. 

 

Esse é também um dos maiores receios daquelas que peitam tudo e todos e pedem pra que não seja feita episiotomia de rotina.

 

Assumir os riscos de uma “tragédia” com o períneo como a gente sempre escuta por aí pode não parecer fácil a primeira vista. 

 

Mas se torna muito mais fácil assumir essa posição quando começamos a estudar e perceber que a episiotomia é o vilão de muitos partos vaginais em que a mulher reclama de dores pra sentar no período pós parto, relata que vai precisar de cirurgia no períneo e reclama da experiência. 

 

Uma laceração natural na maioria das vezes envolve um número muito menor de pontos, além de ser mais superficial que o corte cirúrgico da episiotomia.

 

Eu briguei por isso e não tive nenhuma laceração (não levei nenhum ponto no parto)! O primeiro passo foi encontrar um médico que fosse favorável e não cortasse nada antes da hora e também me ajudaram bastante os exercícios e conselhos que aprendi no grupo de gestantes.

 

Além dos exercícios tradicionais de contrair e soltar a musculatura do períneo (prenda e solte o xixi pra testar), nas aulas de yoga treinava bastante a posição de cócoras e me acostumei a ficar também assim dentro de casa ou ao menos não sentar em cadeiras ou sofás, sentando diretamente no chão. Isso facilita bastante a abertura da pelve e aumenta a elasticidade do períneo. 

 

Com a mesma finalidade de elastecer o períneo, aprendi um exercício pra fazer com uma bolinha dessas que se dá pro cachorro morder (nem dura nem mole). De todos, foi o mais eficiente! Sentava com as solas dos pés unidas (borboleta), colocava a bolinha embaixo do "ísquio". O ísquio é um osso que constitui a zona inferior da pélvis (quadril) e que apoia o corpo quando estamos sentados. Eu rebolava sobre a bolinha durante algum tempo numa nádega. Depois, invertia o lado. Incrível como logo em seguida dá pra sentir a diferença conseguindo sentar no chão muito melhor!!!

 

Além disso, vale lembrar que a posição verticalizada (e eu pari de cócoras) já facilita naturalmente a abertura da pelve e a saída do bebê. 

 

Durante a saída, foi importante controlar pra que ela saísse suavemente (o médico ajudou pedindo pra parar de fazer força quando ela estava no meio do caminho) ...

 

A alta veio em 15 dias para exercícios e retorno a vida sexual e não houve nenhuma diferença entre antes e depois do parto. As coisas continuam como antes!!!

 

 

Renata Dias Gomes

Mãe de Maiara, parto natural hospitalar

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